Notícias locais

10 de junho de 2021

Medidas de restrição mantêm perda de empregos no comércio paulista


Setor perdeu 2,5 mil vagas em abril, em meio às regras mais rígidas do Plano São Paulo; serviços também desaceleraram no mês

O comércio paulista perdeu cerca de 2,5 mil vagas de emprego formais em abril – mantendo uma queda da empregabilidade iniciada em março (-4,8 mil vagas).

A retração no estoque de vínculos entre abril e março se deveu principalmente ao varejo, que perdeu 3.559 postos formais no mês, segundo a Pesquisa do Emprego no Estado de São Paulo (PESP), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

O número se explica, principalmente, pelas restrições impostas pelo Plano São Paulo a muitos segmentos varejistas, como lojas de roupas, por exemplo. Com as portas fechadas, a tendência é que eles não apenas deixem de contratar, como desliguem mais gente. O varejo de vestuário paulista perdeu 3,4 mil empregos em abril e são -31,5 mil desde março de 2020. É uma situação semelhante à das concessionárias e lojas voltadas para reparação de veículos, que tiveram queda de 344 vagas celetistas em abril e 7,2 mil em 14 meses.

O resultado do comércio no mês foi atenuado pelo atacado: nele, 1.352 postos de trabalho com carteira assinada foram criados em abril, incentivado, principalmente, pelo crescimento do mercado de trabalho nos hipermercados e supermercados.

tab
Os números de abril refletem o desempenho dos segmentos ao longo de 2021, em que o varejo já perdeu 12,7 mil vagas formais e o atacado, ao contrário, criou 10,3 mil novos postos de trabalho. Contando com a recuperação também do segmento de veículos, que abriu 5,1 mil vagas neste ano, o comércio do Estado de São Paulo tem uma empregabilidade no azul até aqui, com 2,8 mil empregos celetistas. No acumulado dos 12 meses, o número é maior: 93,9 mil novas vagas.

tab2

tab3
O saldo positivo, porém, não foi puxado pelo desempenho da capital paulista, onde a pequena expansão do atacado (271 novas vagas) não foi suficiente para aplacar a queda expressiva de 1.277 empregos formais do varejo – além dos 138 perdidos pelo segmento automotivo. Assim, em abril, o comércio da cidade perdeu 1.144 postos de trabalho com carteira assinada.

Serviços desaceleram
Por outro lado, o setor de serviços fechou o mês novamente com mais admissões do que demissões: foram 15.021 postos de trabalho celetistas criados, dando sequência a um cenário de melhora na demanda por trabalhadores nesse setor que vem sendo registrado desde janeiro.

O avanço de 0,23% no mercado de trabalho do setor se deve, fundamentalmente, ao aumento de empregabilidade nas atividades de saúde e sociais, como vem sendo a tônica desde o início do ano. Em abril, elas criaram 10,3 mil novas vagas formais no Estado, segundo a pesquisa. Foi o melhor desempenho entre todas as 14 variáveis analisadas.

Em seguida vêm as atividades profissionais, científicas e técnicas (4 mil postos celetistas), as de transporte, armazenagem e correio (3,9 mil), as de informação e comunicação (3,7 mil) e as áreas financeiras (2,6 mil).

Por outro lado, os serviços que mais perderam empregos em abril foram os de Alojamento e Alimentação: o saldo negativo foi de 9,3 mil vagas. É um cenário que se repete quando se analisa o acumulado dos últimos 12 meses: neste caso, a queda do segmento beira as 50 mil vagas (Tabela 3). Desde o início dos impactos da pandemia, em março de 2020, este grupo já perdeu quase 125 mil empregos com carteira assinada.

tab4Ainda assim, no acumulado em 12 meses, o setor de serviços de São Paulo criou 180.357 mil novas vagas, puxado principalmente pelas atividades administrativas (129,1 mil novos empregos formais) e de saúde e sociais (60 mil). O número, porém, não leva em conta a queda de abril do ano passado, quando 134 mil postos celetistas foram extintos no setor no Estado.

tab5
Os dados, no entanto, revelam uma desaceleração, já que o saldo positivo de abril caiu pela metade em comparação aos resultados de março.

Na capital paulista, a conjuntura é a mesma: com saldo positivo em 5.905 vagas criadas em abril, o desempenho dos serviços se explica pela demanda por profissionais de saúde e de atividades sociais na metrópole, que fez com que 4.801 novas vagas fossem abertas. Por outro lado, o grupo de Alojamento e Alimentação ficou mais desidratado, com 3.557 empregos a menos.

Na avaliação da FecomercioSP, os números de maio devem apresentar os impactos positivos do afrouxamento das medidas de isolamento às atividades não essenciais. No entanto, essa é também uma conclusão da qual depende o futuro dos setores estudados: os mercados de trabalho do comércio e dos serviços paulistas estão hoje dependentes das restrições de circulação das pessoas e da capacidade de consumo das famílias.

Nota metodológica

A Pesquisa de Emprego no Estado de São Paulo (PESP) passou por uma reformulação em sua metodologia e, agora, analisa o nível de emprego celetista do comércio e serviços do Estado de São Paulo a partir de dados do novo Caged [Cadastro Geral de Empregados e Desempregados], do Ministério da Economia, passando a se chamar, portanto, PESP Comércio e Serviços.

Fonte:FecomercioSP

Voltar para Notícias

parceiros

https://www.kursusseomedan.com/ https://artdaily.com/bocoran-admin-jarwo.html http://www.radicalislam.org/ http://www.iwebtool.com/ https://researchnews.cc/bocoran-rtp-slot-live-tertinggi-hari-ini.html https://artdaily.cc/bocoran-admin-jarwo.html https://artdaily.com/bocoran-admin-riki.html http://dinnermode.org/